quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Aquarela da vida


Aquarela de Conrad Roset

Meus sentimentos em cores
espalhadas sobre a palheta
do real e imaginário viver
Sentimentos molhados,
em lágrimas misturados
de tristeza e prazer
Aquarela de idéias
ilustradas em papel
pinto as flores da primavera
em cores lânguidas, suaves
as deslizo, as estampo
com os traços do pincel.

Dá-me tua letra,
tua palavra
em contas de um inquebrável,
infinito e valioso cordão
Que essa angústia no peito
leva-me ao delírio,
impropério que invade
minha mente, fantasias
salpicando a imensidão

Eu que sonhava princesa
ser de um único amor
chorei toda a beleza
Choro e a escrevo,
muitas mágoas, sem pudores
de falsas palavras, hipocrisia
Tornei-me dura, um tanto arredia
quanto aos significados se procedem
das palavras a maestria

Eu que pensava beija-flor
estou como pedra, perplexo
embrutecido, amarrando sentidos,
sentimentos com dor.

Pensamentos fluidos
fluidificados em dias
de extrema pressão
artifical, arterial
sangue quente nas veias
saltando, salientes
as evidências ficam
em amargurado, desprezível
medo sombrio.

Ainda que agonizante, sonho
e meus sonhos mais belos,
cingidos de cores, imaginação
revigorante dos olhos tristes,
refletem, desanuviam
esse delicado coração.

Joice Furtado - 29/02/2012

1 comentários:

Dayse Sene disse...

Muito lindo!
Grande dia!
Abraços.