quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

As flores da mente



Desajustados no mundo,
vivem
sempre a procura do belo,
o melhor na natureza humana,
esbarrando em seus mistérios,
em agonias e sombras
Desenfreada busca 
entre estruturas e rimas
Universos
de mentes abruptas
onde gritam
ideais eloquentes, 
sinuosas vertentes
de pensamentos

O mundo chama-lhes loucos,
vagabundos lunáticos
Porém, há em sua insensatez
sensata,
o elo da corrente
e o que a desata

Eis o anti-massismo,
alienação das gentes,
massificação de idéias,
pré-moldadas, manipulativas 
Sois chama, fogo permanente 
Quem calará a voz
do sabedor da mente?

Esse que deveras ousa
Do seu mundo particular,
ultrapassa barreiras, salteia
com o som mais profundo,
eloquente,
feroz, imortal
que se pode pensar
As profundas, cortantes
palavras de aço, cristal,
libertam corações
de um mundo doente,
mergulhado no mal.

E o mal o que é?
Digo simplesmente:
esquecer do que se sente,
ficar doente,
frustrado e acomodado
com o que se apresenta
Que lhe jogam como restos
de suas mesas nojentas.

Joice Furtado - 22/02/2012


Uma homenagem ao grupo CLAE.

1 comentários:

Penélope disse...

E cada qual possui sua flor em particular... umas coloridas, outras negras... umas belas e suaves outras carregadas e descoloridas...
As flores que habitam nossas mentes nos mantem com a chama do perfume da VIDA sempre acesa.
Abraços e grata por ir pelas minhas páginas...