terça-feira, 13 de março de 2012

Deusa do fogo



Beije-me com seus lábios de sol,
flor ardente do verão,
cante para mim sua canção de fogo,
notas incendiárias de corpos abrasantes,
sensações flamejantes, fagulhas e faíscas
sob esse lufar de delícias alastram-se
chamas benquistas como de um raio no matagal.

Cabelos lisos debruçados sobre a cama,
deslizando por meu corpo,
escorrendo em seu dorso, sereia
dessa famosa pátria escaldante
Seu pulsar como galáxias de estrelas
nesse espaço fervilhante de minh'alma.

Olhar de lâmina cortante,
quente e líquido formador metal,
descontrola-me o seu ofuscante queimar,
fundido sob temperaturas controladas
mais temível que explosão solar
e suas ondas geomagnéticas,
causa em meu peito condutor efeito, 
radiante aurora boreal.

Atômica, átomos em colisão
térmica pele de lava magmática
friccionada em mim, calor fenomenal
musa das novas terras, incandescente, celebra 
nesses seus ensolarados seios, trópicos brasileiros,
braseiro já aceso, seu ardor sem fim.


Joice Furtado - 13/03/2012


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