Deixo o verso belo
metrificado, singelo,
para o sujeito lírico,
ultrarromântico e fino
Meu verso é torto,
esquisito e tosco também
Chafurdo na lama
da alma insana,
rimas mundanas tiro de letra,
sei que as entende, meu bem
Paranoias de palavras e rimas,
a poucos lerem anima
Coisas detestáveis, pragas vejo
nas meninas dos olhos
aglutinadas e encardidas
de muitos, desdém
Das horas, do tempo,
prisioneiro maldito,
corpo e mente dispersos
Enfrento a corrente
tentando quebrá-la
Muitos medos, poucas falas
Sou contra tudo que se impõe,
porém me imponho tanto
Sou do bando que se revolta
não foge do cerco, a montanha escala
Caprichosos ódios e raivas
Leão no reino de pedra destronado,
atormentado pela selvagem natureza,
humana rudeza
Coração se torna inquieto
vagando entre o possível
e o impossível de suportar,
administrando no escuro
tudo que é difícil enxergar.
... mas ouvindo e sentindo tudo.
Joice Furtado - 09/03/2012
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