Ai quem me dera um bom vinho
tinto, em taça de cristal
gelado, dádiva da natureza,
sozinha ou em companhia do amor,
percorrendo a boa inteira,
paladar divinal
Ai, quem me dera,
soa como lamento
Seu perfume causa-me desejo,
papilas gustativas reverenciam
o sabor dos intrínsecos elementos
Pisado, esmagado, deixado a solidão
Com tudo isso, conserva
em seu mais íntimo, a suavidade
o doce, perfeito doce
que inebria meu coração.
Bebida dos deuses,
aqueles que regem o universo
Seu encanto contrange-me,
Brahma o prestigia
sendo tão mística, sensual
a cor de sua fantasia
Baco, o deus pagão
celebra o seu nome
proibido, banido
é o que desperta
ódio e paixão
Quantos almejam rotular-lhe,
sobre seu nome escrever
fábulas, fantásticas histórias,
bêbados e sãos
Mesopotâmios, árabes, persas,
do mundo antigo ao atual cristão
Nós, andaluzos de sangue
mesmo misturados, mestiços
Raiz que reina subconsciente
Pleno de beleza, alegria
inigualável, arrebatador poder
maravilhando, maravilha líquida
Os boêmios são seus fãs, nas tavernas
escuras onde seus ideais transbordam
fonte de inspiração, prazer e poesia.
Joice Furtado - 05/03/2012
Ai quem me dera esse vinhozinho. Eu amo!
Inspirado em Andaluzia
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