sábado, 24 de março de 2012

Rabo quente




Meia-noite de Domingo, Suzana voltava para a casa depois de visitar os parentes no mesmo bairro. Lá, regados a churrasco e cerveja, tios e tias, sobrinhos num falatório maldito, cheio de palavrões, provocações sexuais e muitos “Que se foda!”onde os que escutavam de longe imaginavam alguma orgia, putaria organizada numa noite quente, em pleno final de semana. Dia santo para alguns, porém, para os seus parentes, Domingo é dia de celebrar, tomar aquela cervejinha gelada junto de um churrasquinho de carne de segunda, comprada fiado no mercado da esquina, pois como diz a tia Erminda: Comer carne é bom, ruim é pagar!
Aquela moça magra, porém com certa substância em seus quadris, cabelos compridos e escuros como aquela noite, pele branca igual leite das tetas das mais gordas vacas.
Virando a quadra onde morava, lá estavam, as três vizinhas, as novinhas, como os garotos chamavam: Re, Paty e Vi. Intitulavam-se “Mercenárias” e gostavam de seus apelidinhos fofos, tanto, que cada uma possuía no pescoço as iniciais dos nomes para não serem confundidas com outras safadas dali. Os homens se engraçavam, ofereciam carona, propostas, bebida a vontade, babavam como loucos quando alguma delas, de forma promíscua achando singela, dizia que estava a fim de sair.
Suzana apressou o passo, pois temia a companhia delas. Pensava: O que os vizinhos irão dizer? E a Dona Zuleica? Aquela fofoqueira dos infernos está sempre à espreita, olhando pelas frestas da janela quem passa na rua. Imagino que amanhã dirá que estou fazendo programa junto das piriguetes do bairro e que dessa vez eu fico rica.
Chegando em casa, Suzana, ainda esbaforida, tirou aquela roupa cheirando a carne queimada, cigarro e cerveja. Fedia como uma funcionária de churrascaria, ela mesma disse para si: Vou tomar banho, pois catingando desse jeito nem o Seu Zé me queria. E riu sozinha. Imagina aquele velho nojento e sujo. Vive com a mesma roupa, mora sozinho, não deve nem tomar banho, fica sentado o dia inteiro no bar e de noite, quando o mesmo fecha, senta na sarjeta para conversar.
Suzana arrancou a última peça, uma calçola gasta com os elásticos já aparecendo, a qual ela adorava, dizia se sentir mais confortável com a tal, comentava sempre da sua preferência com a tia Erminda a incentivadora e vendedora dos tais artefatos.
Sentou-se no sanitário para uma mijadinha antes de entrar no banho.  Minha mãe sempre disse que é porquice fazer xixi no box e que iria manchar os pisos com a urina.
Pegou o sabonete, aquele sabonete cretino com cheiro de erva-doce e começou a ensaboar, começando pelas partes íntimas, ou melhor, em suas palavras: – Vou começar pela boceta, adoro esse lugar. Esfregava com carinho a tal, o clitóris, os grandes lábios, repetia para si mesma: – Mulher tem que ser limpinha! Naquele ínterim, Suzana já excitada, contorcia-se embaixo do chuveiro, mexendo na boceta molhada, imaginando o Seu Zé, aquele velho, não era velho só aparentava ser por causa da bebida, chupando e metendo no seu cuzinho. Suzana, a recatada, dizia-se santa mulher, que nem era mulher ainda, pois nunca tinha dado a bocetinha para ninguém. Brincava com os primos, um deles lhe pediu o rabinho ao que ela cedeu sem muito pensar. Gritou como louca quando ele atochava a piroca em sua bunda magra, mas depois de algum tempo, virou sua diversão preferida, mesmo sem admitir, escondia da família a condição de rabo quente (tocha rabal), mas todos os primos já sabiam que a Suzaninha gostava de uma pica e como gostava. Certa noite, enquanto descansava no quarto da tia Erminda, depois de ter bebido umas a mais, Suzana sentiu uma mão deslizando em suas coxas, puxando sua calçola e encostando o instrumento quente em sua bunda, era o Henrique, primo mais novo, quatorze anos apenas e já com o pau duro, esfregando frenético na bunda da prima mais velha. Suzana com seus 25 anos, virou-se um pouco, achava estar sonhando, e se fosse sonho, pensou: vou aproveitar! Henrique um pouco atrapalhado, ainda com aquele pau duro como aço, não conseguiu enfiar na bunda da prima toda arreganhada, fingindo-se bêbada. Roçou o pinto mais um pouco e, com medo da mãe, a tia Erminda, colocou-o de volta na cueca e voltou para o terraço onde rolava a cervejinha e o churrasco.


Angústia
necessidade vencida
virgem cretina e fingida
com seu rabo de fogo,
tocha onde atochados serão
como cães, matilha homérica
insistente procura
singela pica para chupar
com astúcia nas mãos
de tudo sôfregas bocas
em alucinados gozos
escorrem daquela atrevida.


Muitas noites, Suzana lembrava-se desse episódio e se masturbava lembrando de Henrique, não podia ver o garoto que corria para abraçá-lo e tecer elogios ao muleque do pinto de aço, como o intitulou em seus pensamentos mais sujos.
Naquela mesma noite, Suzaninha após ter tomado o banho, ligou para o primo Henrique dizendo que tinha esquecido a sua bolsinha de moedas, pedindo que ele fosse entregar para ela que o estava esperando. Henrique vem aqui e traz pra mim o negócio. Não vai demorar, a tia Erminda deixa, anda logo!
O rapaz, pegou a bolsinha ordinária e, mesmo de má vontade, foi entregar para a prima que, a essa altura, toda molhadinha, esperava a sua presa no portão. Minha mãe ainda está na sua casa, não é? Perguntou Suzana. Sim! Ela disse que vai dormir lá, para você trancar bem as portas e janelas, Henrique passou o recado.
Então ta prima! Eu vou indo, tenho que encontrar com a Vi, ela está me esperando na casa dela pragente sair.
Suzana, em um salto, como gata no cio, segurou o primo e disse: Primo, sabe aquele dia. Qual? Perguntou Henrique. Aquele em que você e eu estávamos no quarto da tia Erminda. Nossa! Você lembra? Desculpa prima. eu tava sem noção, tinha bebido muito. Não é para se desculpar. Vamos terminar hoje isso? Suzana, apressada, perguntou. Ao que Henrique, confuso, retrucou: O que? Você quer? Você quer... engasgado com a palavra Henrique insistiu e conseguiu solta-la: Você quer meter comigo? Sem pestanejar ou fazer rodeios, Suzana exclamou com aquela voz de safada: Eu quero, quero muito primo e já faz algum tempo! Henrique, que não se fazia de rogado, já estava um pouco treinado no assunto, pois a Vi, uma das “Mercenárias”, tinha ensinado ele, depois do baile funk, a fazer gostoso. Subiu para o quarto da prima, que morava em uma quitinete de dois andares e dormia na parte de baixo de um beliche.
Na sala, que também era cozinha e copa, Suzana arrancou o short e a blusa e partiu para cima do primo, o pinto de aço, que lhe meteu a piroca desengonçada ainda, mas, como era a primeira trepada da Suzaninha, gostou e gostou muito do membro do primo, tanto que o comeu por três horas na madrugada, liberando o muleque depois da gozada do mesmo. Suzana, a falsa santa do rabo quente, a tochinha, tinha atochado com vontade o pinto do primo e, na manhã seguinte, estava toda ardidinha.
E como eu sei disso? Sou Júlio, o primeiro primo a foder aquela bundinha gostosa e magra, Henrique é meu irmão mais novo, muleque bom, danado e esperto esse. Como o ditado diz: “Quem sai aos seus não degenera.”


Joice Furtado - 24/03/2012

Sugestão bem-vinda do amigo Cavi Pessoa. Estou tentando um caminho nas palavras para chegar a poesia, vou continuar.

Moleque - eu sei que escreve desse jeito, mas prefiro "Muleque", é mais baixo.

2 comentários:

O Maldito Escritor disse...

Bem, conseguiu me deixar de pau duro com esse - e olha que eu tô de ressaca e dormi mal.

Arcanjo Azrael disse...

Amor eu gostei da sua história muito foda kkkkk