tracejado árduo de doer
peito esmiuçado en-quadra-
ilha de nós mesmos sem saber
olha aquela nuvem moça!
vejo nela o infinito saber
seu formato, sua brancura
formas e formosura plenas
de dentro transbordo prazer
meu rosto vincado, meu marido partido
primeiro namoradinho era
foi-se embora, agora só
reviro a solidão do avesso
os males confesso, não nego
a vida é feita para viver
Desculpe-me, pois está com pressa
é boa dá para ver
precisava falar algo, então disse
satisfeita agradeço por dizer
vou ao meu caminho, vou-me ao infinito
palavras ditas, não soltas ao vento
luz que resplandece, sol vespertino
aos olhos da humildade, o mundo ainda é bom
os sonhos realmente sentidos
e a luta? ela sempre continua
com um sorriso no rosto e uma direção na língua
benção, sempre abençoada vida
Que seja!
apontadora de nuvens
dos céus fiel transeunte
docemente
Religaste olhos da alma aos meus
naturais olhares
ainda me dizes suposta velhice
Ai que me rio encantada
experiências e sorrisos largos
tens a idade das sábias
Joice Furtado - 13/06/2012
Senhorinha na rua: Tá vendo aquela nuvem moça? Eu sinto a presença de Deus nela e é maravilhoso.
Tendo ou não religião, crença, fé. Nomeando ou não o seu Deus, ou deuses, o que importa realmente é isso: o Ser superior que habita dentro das pessoas e, justamente, nos mais humildes, onde ele resplandece como o brilho do dia ensolarado mais maravilhoso de todos.
Eu agradeço por essas experiências. Mt obrigada!
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