filete de água que passa
sangra
gilete percorre a carne
escorre o sangue
ensanguentadas mãos
língua macabra
incoerente hum(a)no
perdeu a noção
cortinas cortantes espalhando
putrefatas bocas de ralo
esgotos a céu aberto
ele morre, ele exala
sua danosa-corrupção
mal cheirosos ventos
infestam a cidade
ai de quem vai pela esquina
de almas ensanguentadas
lama podre respira
contaminações fecais
indústrias dos infernos
estriando filetes nesse chão
fétido
a alma lave a tempo
Os rios daqui estão todos morrendo. Querem plantar flores no esgoto? Coitado do povo.
Joice Furtado - 14/06/2012
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