segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A tua cara lavada


Jurado absurdo
o próprio egoísmo
enfurnado em despropósito
teu abismo
certo ou errado
quem mais dirá?

vagueante
balão soprado
ao vento norte
encara tua morte
louca a sorte na mão

vacilante

continua
vacilante

sem fim é o ridículo
tão insignificante
marcado não basta ser-errante
devora espinhos
espele-o(s)

o fétido e ardido azedo
os teus medos
jamais poderá lamentar

abatidos são teus olhos
remói baixo-espírito
nódoa tão batida
persiste no caminho
tortuoso

vacilante

continua
vacilante

quem mais dirá?
em tua cara lavada
inchada e toda aflita
não mais reflita
estupidez

vacilante

vacilante
eternamente

Joice Furtado - 27/08/2012

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