quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Encarte de ti



Essa angústia que me invade
todo o ser perscruta
quanto dói e assusta
estar longe de ti

desse olhos-rios que inundam
as searas onde o trigo
balança-se calmamente

pendendo estou ao vento
e te busco em cada espaço
sim, longe desse abraço
não há nada em mim presente

vagueio 
ave fora do ninho
sem teus olhos faróis
espelhos de um oceano
és um delírio contínuo
delirante sou, mas te amo

amo pura (e)ternamente
amo. como posso amar o que não tenho?
e mesmo em sonhos
imagino
bem-vinda em mim!

entre falhas da crosta
vulcão terrestre mostra
tua lava enchente
convulsiona-me adorar-te

e te amando eu sigo
Arte
enCarte de ti
meu folhear é belo
cheiro novo e quente

eu sinto, sinto a tua falta
Tu te escondes, mas das palavras não


Provocas meu interior riso
entregando-me desejos em versos
mesmo que te escondas, as palavras sempre
chegam em mim tuas ondas
Ah! mar
que me encontras disposto
encosto-me em teu seio
descanso, remanso de mim
Rio (vou) tão fácil contigo
Joice Furtado - 29/08/2012

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