sábado, 25 de agosto de 2012

Permitindo-se poesia

Ainda te explico
(e)ncontro
explícito poema
busco-te

ente véus da mente

não te escondas
arranco os lençóis
fronhas da cama


reviro-me
de bruços, lados e costas
lábios no horizonte
fala-me que minto
e já te encontrarei
tão perto estás


ouço tua respiração suave
embriago-me em teu cheiro
ele me desce a garganta feito vinho
amo


as ânsias aumentam
almejo
que facejo este convém
arrancar-te de outros mundos
desça da nuvem ou além
e venha
angústia minha te espera


entre os livros que não li
que leio, folheio-te
desprendo-me nos ares
percepciono o que imperfeito é
mas belo


Verbo-coração
hemorrágico
sangue em minhas veias
já me assombrei, lúgubre escombro
malogrei prazer


destempero, motivo-me
Auto-ajudas se vires ó verso
que te quero, que te quero

Sim, a mulher ama o sonho
e o sonho é ardente poesia

Ela e nEla

amante sou
e ainda que seja, esteja
as mãos consentem que fluas
venha


Joice Furtado - 25/08/2012 

Sempre me surpreendendo - ente - invés de entre, não é? 

ente - o que existe ou julgamos existente. Sim! Sei que existes. Venha poesia! ^^

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